Cattleya labiata é uma espécie que, no final do verão e princípio do outono, enfeita nossos orquidários com as suas flores. Além das belas flores, somos premiados com seu magnífico perfume que é exalado principalmente na parte da manhã. Ele é tão característico que podemos chamar de "perfume das Cattleyas".

Espécie considerada "Rainha do Nordeste Brasileiro", foi classificada e descrita por John Lindley, em 1821. Ela é considerada o protótipo de todas as Cattleyas do grupo das labiatas.
A labiata é uma planta epífita que vegeta sobre árvores nas serras como em locais bastante úmidos, sempre protegidos do sol intenso. Vegeta numa altitude entre 500 e 1000 metros. Ela procede em maior número de habitats dos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba e Pernambuco e raramente do Maranhão e Piauí. Sem dúvida é uma das mais belas e mais cultivadas orquídeas brasileiras.

Planta vigorosa com pseudobulbos de 15 a 20 centímetros de altura, comprimidos e sulcados, apresentando uma única folha oblongo-elíptica. Inflorescências compostas de 3 a 5 flores, sempre muito bem dispostas. A Cattleya labiata é uma planta de facílima cultura e, por isso, muito recomendada para orquidófilos principiantes. Sua floração ocorre de Dezembro a Janeiro no Norte e Nordeste brasileiro e de Fevereiro a Março no Sudeste e Sul do Brasil.
A labiata apresenta flor com 20 a 25 centímetros de diâmetro, pétala e sépalas de colorido típico lilás-médio em diversas tonalidades. As sépalas são lanceoladas e as pétalas mais largas, ovóides e onduladas. O labelo apresenta variações das quais destacamos as mais comuns como segue:
  • Anelata: apresenta na entrada do tubo um colorido em forma de anel;
  • Atra: colorido escuro do labelo, estendendo-se pela parte externa do tubo até a junção com as pétalas e sépalas;
  • Íntegra: a mancha escura do lóbulo frontal estende-se pela parte interna do labelo penetrando pelo tubo;
  • Orlata: quando a mancha escura frontal estende-se pela sua orla superior;
  • Venosa: veias escuras entrecortando o colorido na base do labelo.

Principais variedades

  • Alba: pétalas e sépalas branco-puro, apresentando no interior do tubo colorido amarelo. Clones mais conhecidos: "Fumeiro", "Angerer" e "Octávio Fontes".
  • Caerulea: pétalas e sépalas ligeiramente azuladas, apresentando no lóbulo frontal do labelo tom mais intenso. Clone: "Azulão".
  • Amethystina: pétalas e sépalas levemente azuladas e lóbulo frontal do labelo de cor ametista. Principal clone: "Canoinha" ou "Norma Dreher".
  • Concolor: pétalas, sépalas e labelo apresentando um só tom de colorido. Clone: "Walter Dreher".
  • Amesiana: pétalas e sépalas suavemente rosadas e labelo de colorido um pouco mais intenso. Clone: "Márcia Regina".
  • Amoena: pétalas e sépalas brancas, apresentando no lóbulo frontal um colorido lilás/róseo claro. Clone mais famoso "Flagstad"
  • Semi-alba: pétalas e sépalas brancas e lóbulo frontal do labelo colorido. Clones mais conhecidos: "Marina", "Cooksoniae" e "Luar de março".
  • Rubra: pétalas e sépalas lilás-escuras quase rubras e lóbulo frontal do labelo purpureo. Clones: "Guerreiro" e "Schuller".
A planta considerada Tipo tem pétalas e sépalas lilás escuro e lóbulo frontal do labelo de cor púrpura. Clones mais conhecidos: "Cara Branca", "Guarani", "Rosa Rinaldi" ou "Emilia" e "Juliana".

1 de dez. de 2009

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